Agro e inovação: Assembleia aprova em 2º turno projeto da deputada Maria Clara Marra

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O agronegócio mineiro avança rumo à modernização. A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (3/9), em 2º turno, o Projeto de Lei nº 342/2023, da deputada estadual Maria Clara Marra.

O PL altera a Lei nº 23.793, de 2021, conhecida como Marco Legal das Startups, para incluir como objetivo tornar Minas Gerais referência em startups voltadas para a agricultura, a pecuária e o extrativismo. Além disso, autoriza a criação de um fundo com recursos da compensação financeira da mineração (CFEM) para investir em agrotechs (ou agtechs) que desenvolvam soluções práticas para o campo.

Impacto direto no campo

Segundo o Governo de Minas, o agronegócio mineiro exportou US$ 17,1 bilhões em 2024, superando a mineração como principal setor econômico do Estado.

Com o projeto, espera-se o fortalecimento de startups capazes de oferecer ferramentas como gestão da produção, monitoramento climático, controle de pragas e comercialização digital de produtos.

“Como produtora rural, eu entendo os desafi os de quem trabalha no campo. Com essa lei, queremos levar tecnologia até dentro das porteiras. Isso significa mais produtividade, mais sustentabilidade e menos burocracia para o agricultor”, afirma Maria Clara.

Agtech no Brasil

Um estudo de 2024 da iGrow News aponta que o número de agtechs no Brasil cresceu 7,5% em 2022, alcançando 1.703 startups. O setor movimentou cerca de R$ 1 bilhão (aproximadamente US$ 177 milhões) em investimentos em 2024, um dos maiores aportes da história das agtechs brasileiras.

Esse crescimento demonstra o potencial das startups para revolucionar a agricultura e a pecuária, especialmente quando recebem respaldo institucional e instrumentos dedicados, como o fundo previsto no PL aprovado.

“Minas já se destacou pela produção. Agora, com esse projeto, damos um passo importante para sermos referência em tecnologia aplicada ao agro. Isso vai atrair investimentos, gerar empregos e criar novas oportunidades para toda a cadeia produtiva”, complementou Maria Clara.

Próximos passos

Com a aprovação em segundo turno, a proposta agora segue para sanção do governador. O texto aprovado prevê vigência a partir da publicação da norma e também uma modificação em sua ementa.

Se sancionada, Minas poderá transformar a riqueza mineral em inovação prática para o campo, conectando tradição e tecnologia de forma sustentável.

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